sábado, 10 de dezembro de 2011

# RELAÇÃO MADURA #

As histórias de conto de fadas sempre terminam com aquela frase que faz todo mundo suspirar e imaginar que tudo seria lindo e bonito:... E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!! 
Na realidade, não é bem assim que acontece. Ninguém continuou a história para saber o que aconteceu com Branca de Neve, Cinderela ou Bela Adormecida, seis meses depois. Será que foi tudo um mar de rosas? Provavelmente não; mas dessas histórias e até sobre a vida real, o que é contado para a criança ou para o adolescente é uma imagem fantasiosa do amor. O romantismo, as vezes, acaba com uma paixão ou com um amor verdadeiro em cima de uma imagem idealizada de algo que não existe. Quantos casamentos são desfeitos em cima dessa fantasia?
Enfim, com o passar do tempo, amadurecemos e percebemos que a Branca de Neve e outras personagens também passaram por várias dificuldades dentro do casamento ou relacionamento, assim como nós, simples mortais. 
O amor imaturo é o amor dependente. Um depende do outro, vira uma necessidade. Você explora, manipula, domina. E isso é desamor. Quando você depende do outro sempre há infelicidade, porque dependencia é escravidão, dependencia mata a liberdade. O amor é uma flor de liberdade, precisa de espaço absoluto.
O amor independente é onde os dois são tão independentes que ninguém está pronto para se comprometer ou se adaptar ao outro. Acaba se tornando mais uma  indiferença que liberdade.O relacionamento se torna superficial; cada um está ligado mais na sua própria liberdade que ao amor.
O amor maduro tem outra conotação, é onde existe uma grande sincronicidade ou interdependencia. Não é independencia, nem dependencia é como se houvesse uma alma em dois corpos, respirando ao mesmo tempo. Isso é amor, é algo espiritual. Conhecendo todos os intempéries de um relacionamento e mesmo assim optando por estarem juntos. 
Portanto o verdadeiro amor só acontece quando você está maduro.Você só é capaz de amar verdadeiramente quando adulto, pois aí é quando você sabe que o amor não é uma necessidade mas um transbordamento - "amor ser" ou "amor dádiva" - onde você dá sem qualquer condição. 
Veja a seguir um texto de Osho em que fala desse amor:
 "O que acontece quando uma flor floresce numa floresta densa sem ninguém para apreciar isso, ninguém para tomar conhecimento de sua fragrância, ninguém para passar e dizer "que bela!", ninguém para sentir-lhe a beleza, a alegria, ninguém para partilhar - o que acontece com a flor? Morre? Sofre? Fica apavorada? Comete suicídio? Ela continua a florescer. Não faz nenhuma diferença se alguém passa ou não; isso é irrelevante. Ela continua espalhando sua fragrância aos ventos. Continua a oferecer sua alegria a Deus, ao todo. Se eu estiver sozinho, então eu serei tão amável quanto sou quando estou com você.Não é você que está criando o meu amor. Se você estivesse criando o meu amor, então, naturalmente, quando você se fosse, meu amor também haveria de ir-se. Você não está tirando o meu amor de mim; eu é que estou derramando amor sobre você - esse é o "amor dádiva", é o "amor ser".

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